Descrição
Caixa com 10 tubos.
Meio de cultura suplementado indicado para o enriquecimento de amostras para a pesquisa de Streptococcus agalactiae ou qualquer outra cepa de Streptococcus spp. Seletividade proporcionada pela inibição de microrganismos oriundos de flora mista e crescimento promovido por suplementação específica.
O Streptococcus agalactiae é um coco gram positivo, disposto aos pares ou em pequenas cadeias, que foi isolado pela primeira vez por Nocard em 1887. Em 1933, Rebecca Lancefield desenvolveu uma classificação para estas bactérias baseada nas características antigênicas do carboidrato C da parede celular. Em 1934, diferenciou sorologicamente o estreptococo hemolítico bovino, classificando-o como pertencente ao Grupo B. A partir dai, o Streptococcus agalactiae foi também denominado Estreptococo do Grupo B de Lancefield (EGB). Streptococcus agalactiae é encontrado na mulher como saprófita vaginal, sendo incomum nas crianças, podendo ser encontrado na adolescência tardia. A colonização por este microrganismo pode ser transitória, crônica ou intermitente e tem sido isolado em culturas do trato genital e/ou gastrointestinal baixo de mulheres grávidas. O trato gastrointestinal é o mais provável reservatório do Streptococcus agalactiae, em humanos, e menos frequentemente, o trato urinário.
O Streptococcus agalactiae pode colonizar os tratos vaginal, urinário e gastrointestinal sem causar sintomas. Sua maior relevância médica está principalmente, em casos de gestantes colonizadas, que podem vir a contaminar seus filhos no momento do parto e provocar quadros graves de septicemia e meningite nos neonatos. O Streptococcus agalactiae pode causar quadros clínicos leves de infecção, sendo ela vaginal e urinária ou até mesmo infecções graves como celulite e fascite; na gravidez, além das doenças citadas pode causar endometrite puerperal, amnionite e infecções de feridas na mãe. Seu maior índice são os graves de septicemia e meningites nos recém-nascidos, além da ocorrência de partos prematuros ou nascimento de crianças com baixo peso corporal. Muitos neonatos, particularmente prematuros, nascidos de mãe colonizadas pelo Estreptococo do Grupo B e talvez infectados ainda no útero, podem estar criticamente doentes ao nascer, tendo um baixo prognóstico e uma mortalidade de 15% a 20%. A infecção neonatal apresenta-se sob duas formas: precoce e tardia. A forma precoce é mais frequente (80%) e ocorre nos primeiros sete dias de vida, sendo a transmissão por via ascendente antes do parto ou durante a passagem pelo canal de parto. Esta forma evolui como bacteremia, sepse, pneumonia e meningite. Os sintomas surgem na maioria das vezes logo após o nascimento, causando um desconforto respiratório de 35% a 55% dos pacientes.
A sepse está presente em torno de 25% a 40% dos casos em evolução para choque séptico em torno de 24 horas de vida. A meningite pode ocorrer de 5% a 15% dos recém-nascidos e a evolução para óbito ocorre geralmente no segundo dia de vida. A forma tardia afeta recém-nascidos de sete dias até doze semanas de idade, sendo que a sua transmissão pode ser vertical, horizontal ou nosocomial. A manifestação clínica mais comum é a meningite (30% a 40%), a bacteremia (40%), a artrite séptica (5% a 10%) e raramente a onfalite e osteomielite. AMOSTRA: Tipos de amostras: O diagnóstico laboratorial é feito através de análises de amostras clínicas. A detecção bem sucedida dos microrganismos numa amostra clínica depende da qualidade do material submetido à análise.
Princípio: O Caldo Todd Hewitt é um meio de cultura seletivo e enriquecido, sua composição oferece nutrientes essenciais para o correto desenvolvimento do microrganismo alvo e inibição parcial de microrganismos de flora. Armazenamento e estabilidade: Para fins de transporte, o produto deve ser remetido com gelo, chegando a sua origem congelado ou com temperatura próximo a 0°C (aceitável até 3°C), para que não ocorra interferência em sua performance. No laboratório os tubos devem ser armazenados em temperatura de – 20 a – 08ºC, condições em que se mantém estáveis até a data de vencimento expressa em rótulo, desde que isento de contaminação de qualquer natureza. Este produto não deve sofrer consecutivos processos de congelamento, uma vez congelado, no laboratório, deve ser retirado do freezer apenas para a utilização, sob pena de perda de atividade. Conforme descrito em literatura, o laboratório deve retirar da refrigeração apenas a quantidade de produto que deverá ser utilizada em sua rotina e deixar estabilizar a temperatura, ou secar a água condensada, antes de sua utilização, em temperatura ambiente, podendo utilizar a incubação em estufa (± 37ºC) para redução do tempo de secagem ou estabilização. A repetição do processo de refrigeração/estabilização não é recomendada, a constante troca de temperatura pode levar a inativação de inibidores e suplementos, expor o produto a contaminações ou alterar seu aspecto. Devido a presença de substratos sensíveis, recomenda-se manter o produto protegido de incidência direta de luz (natural ou artificial) e evitar grandes variações de temperatura até a utilização.
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