Descrição
Pacote com 10 placas 90x15mm.
Meio seletivo para isolamento e identificação presuntiva de bactérias produtoras de Beta Lactamase de Espectro Estendido (ESBL). As ß-lactamases são enzimas bacterianas que hidrolizam os agentes antimicrobianos beta-lactâmicos. Dentre as betalactamases, destacamse as betalactamases de espectro estendido (Extended-Spectrum Betalactamase – ESBL) que são capazes de hidrolizar o anel betalactâmico de penicilinas, cefalosporinas de terceira geração (como ceftazidima, cefotaxima e ceftriaxona) e monobactâmicos. A maior parte das ESBL são mutações das beta-lactamases TEM-1, TEM-2 e SHV-1.
A produção de ESBL é mediada por plasmídeos conjugáveis ou transposons que facilitam a disseminação da resistência aos ßlactâmicos e também promovendo a co-seleção em relação a outros antibióticos. Conferem ampla resistência aos antimicrobianos que contém o anel betalactâmico em sua estrutura e agem neste anel betalactâmico rompendo-o e inativando assim, o antibiótico.
Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae são as espécies bacterianas mais comumente encontradas produzindo ESBL, porém também foram encontradas em diversas outras espécies de Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae.
As ß-lactamases se mostram extremamente adaptáveis. Aparecem em novos hospedeiros, mudam sua expressão para níveis mais altos, alteram sua susceptibilidade aos inibidores e aumentam o leque de seus substratos. As bactérias são capazes de evolução rápida em resposta à pressão seletiva exercida pelo uso generalizado de antibióticos, e assim, as mudanças continuadas observadas nas características das ß-lactamases devem ser esperadas.
As Enterobacteriaceae produtoras de ESBL são reconhecidas mundialmente como patógenos nosocomiais de grande importância, listadas como uma “ameaça grave” pelos Centros de Controle de Doenças. O trabalho do laboratório de microbiologia é imprescindível na detecção das enterobactérias produtoras de ESBL. A detecção precoce destas bactérias multirresistentes é de suma importância para se instaurar o tratamento adequado e as medidas de isolamento dos pacientes, necessárias para se evitar a disseminação destes patógenos em surtos comunitários e nosocomiais.
A presença de microrganismos multi-resistentes é uma constante na medicina atual. Os riscos associados a surtos ou epidemias estão entre as preocupações de maior criticidade médica, devido ao impacto e alto custo na saúde pública, sendo fortes condutores morbidade e mortalidade principalmente por infecções da corrente sanguínea.
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