Descrição
Pacote com 10 placas 90x15mm.
Meio seletivo e diferencial indicado para o isolamento de estafilococos. Seletividade devido ao alto teor salino e diferenciação através da fermentação de manitol.Staphylococcus aureus é uma bactéria esférica, do grupo dos cocos gram-positivos, frequentemente encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis. Entretanto pode provocar doenças, que vão desde uma simples infeção (acnes, furúnculos e celulites) até infeções graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, sepse e outras). As toxinas são proteínas produzidas e secretadas, ou expostas à superfície pela bactéria cuja atividade é destrutiva para as células humanas. Para outras toxinas que o S. aureus possui em comum com outros estafilococos: Cápsula: Dificultam a fagocitose. Proteína A: presente na parede celular do S. aureus. Ela prende anticorpos circulantes da classe IgG, pela sua região constante (Fc), neutralizando a sua função. Impedindo a adesão de imunoglobulinas, não deixando assim à ativação do complemento. Toxina alfa: forma poros na membrana das células destruindo-as. É frequente atacar as células de músculo liso vasculares, mas ataca qualquer tipo de célula, como eritrócitos. Toxina beta ou esfingomielase C: hidrolisa determinados lípideos, como esfingomielina e lisofosfatidilcolina, da membrana celular de células. Destrói desta forma muitos tipos de células. Toxinas esfoliativas: presentes nas estirpes (5-10%) que causam síndromes esfoliativas da pele. Há duas formas ETA e ETB (toxinas esfoliativas A e B). São proteases de serina que destroem os desmossomas que unem as células da pele umas às outras, resultando em perda da camada superior da pele (esfoliação). Enterotoxinas, resistentes aos sucos agressivos gastrointestinais, são produzidas por 30-50% das estirpes de S. aureus. Provocam ativação imprópria do sistema imune, levando à produção de citocinas, causando danos aos tecidos. A gastroenterite é causada pelo consumo de alimentos contaminados por S. aureus. Toxina da síndrome de choque: é um superantígeno, ou seja, ativa de forma não específica os linfócitos, gerando reações imunitárias despropositadas e danosas para o indivíduo.
Tipos de amostras: O diagnóstico laboratorial é feito através de análises de amostras. A detecção bem sucedida dos microrganismos numa amostra clínica depende do tipo de infecção (abscesso, bacteremia,impetigo,etc) e da qualidade do material submetido à análise. Swab superficial: quando com o auxílio do swab é feita a coleta superficial do material. Pus: o pus aspirado consiste basicamente em material necrótico com relativamente poucos microrganismos, de modo que estas amostras não devem ser coletadas (não auxiliam muito na detecção). Sangue: observam-se poucos microrganismos no sangue de pacientes com bacteremia (bactérias circulam pelo sangue sem se multiplicarem), cerca de um microrganismo/mL de sangue. Aspirado traqueal: é feito nos casos de doenças respiratórias por S.aureus. Líquido cefalorraquidiano. O laboratório deve estabelecer critérios de coleta, rejeição e conservação das amostras, conforme sua política da qualidade. Sempre considerar as necessidades específicas dos microrganismos alvos das análises, microrganismos com necessidades especiais (suplementos específicos ou ambiente controlados) podem não apresentar crescimento adequado se semeados em meio de cultura que não apresente os requisitos mínimos.
Princípio: O manitol Salt Ágar é um meio nutritivo devido a peptona e extrato de carne presentes na formulação, que fornecem fatores de crescimento essenciais, como o nitrogênio, carbono, enxofre e traços de nutrientes. A concentração de 7,5% de cloreto de sódio resulta na inibição parcial ou completa da grande maioria das outras bactérias. A fermentação do manitol é evidenciada pela alteração do indicador vermelho de fenol, que ajuda na diferenciação das espécies de Staphylococcus. O ágar é o agente de solidificação.
Armazenamento e estabilidade: Para fins de transporte, o produto pode permanecer em temperatura ambiente por até 72h. No laboratório as placas devem ser armazenadas em temperatura de 2 a 25ºC e os tubos de 2 a 12ºC, condições em que se mantém estáveis até a data de vencimento expressa em rótulo, desde que isento de contaminação de qualquer natureza. O uso de refrigerador tipo frost-free não é recomendado para meios de cultura devido ao efeito desidratante deste tipo de equipamento. Considerando que este produto é gelatinoso e sua composição pode apresentar até 80% de água, ao sofrer variações de temperatura (quente-frio ou frio-quente) todo meio de cultura pode gerar condensação, de pouca a muita, acumulando água na placa. Recomenda-se guardar as placas com os meios de cultura virados para cima e, quando necessário, desprezar a água acumulada e deixar o meio de cultura estabilizar a temperatura antes de sua utilização. Conforme descrito em literatura, o laboratório deve retirar da refrigeração apenas a quantidade de produto que deverá ser utilizada em sua rotina e deixar estabilizar a temperatura, ou secar a água condensada, antes de sua utilização, em temperatura ambiente, podendo utilizar a incubação em estufa (± 37ºC) para redução do tempo de secagem ou estabilização. A repetição do processo de refrigeração/estabilização não é recomendada, a constante troca de temperatura pode levar a desidratação do meio, expor o produto a contaminações ou gerar um acúmulo de água excessivo. A água acumulada por condensação, ocasionada por alguma variação de temperatura, não influência no desempenho do produto, desde que este não apresente ressecamento ou diminuição de espessura. Devido a presença de substratos sensíveis, recomenda-se manter o produto protegido de incidência direta de luz (natural ou artificial) e evitar grandes variações de temperatura até a utilização.
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