Descrição
Caixa com 5 frascos.
Plasma de coelho liofilizado para execução da prova da coagulase.
A coagulase é uma prova aceita universalmente para a diferenciação bioquímica do Staphylococcus aureus dos demais estafilococos não produtores de coagulase (ENPC). A prova é executada em tubo (coagulase livre), pelo fato que determinadas cepas podem apresentar o resultado da coagulase em lâmina (coagulase ligada) falsamente negativo.
Staphylococcus aureus é uma bactéria esférica, do grupo dos cocos gram-positivos, frequentemente encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis. Entretanto pode provocar doenças, que vão desde uma simples infeção (acnes, furúnculos e celulites) até infeções graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, sepse e outras).
As toxinas são proteínas produzidas e secretadas ou expostas à superfície pela bactéria cuja atividade é destrutiva para as células humanas.
Outras toxinas que o S. aureus possui em comum com outros estafilococos:
– Cápsula: Dificultam a fagocitose
– Proteína A: presente na parede celular do S. aureus. Ela prende anticorpos circulantes da classe IgG, pela sua região constante Fc, neutralizando a sua função. Impedindo a adesão de imunoglobulinas, não deixando assim à ativação do complemento.
– Toxina alfa: forma poros na membrana das células destruindo-as. É frequente atacar as células de músculo liso vasculares, mas ataca qualquer tipo de célula, como eritrócitos.
– Toxina beta ou esfingomielase C: hidrolisa (degrada) determinados lípidos, como esfingomielina e lisofosfatidilcolina, da membrana celular de células. Destrói desta forma muitos tipos de células.
– Toxinas esfoliativas: presentes nas estirpes (5-10%) que causam síndromes esfoliativas da pele. Há duas formas ETA e ETB (toxinas esfoliativas A e B). São proteases de serina que destroem os desmossomas que unem as células da pele umas às outras, resultando em perda da camada superior da pele (esfoliação).
– Enterotoxinas: resistentes aos sucos agressivos gastrointestinais, são produzidas por 30-50% das estirpes de S. aureus. Provocam ativação imprópria do sistema imune, levando à produção de citocinas, causando danos aos tecidos. A gastroenterite é causada pelo consumo de alimentos contaminados por S. aureus.
– Toxina da síndrome de choque: é um superantígeno, ou seja, ativa de forma não específica os linfócitos, gerando reações imunitárias despropositadas e danosas para o indivíduo.
Doenças causadas pelo S.aureus
– Síndrome de choque tóxico: devido à produção de toxinas de choque tóxico. Ocorre especialmente em mulheres que usam tampões que utilizam fibras sintéticas e produtos químicos que aumentam a absorção durante a menstruação. Esta doença potencialmente mortal (5% dos casos resultam em morte), inicia-se abruptamente, com hipotensão, febre, eritemas difusos. Pode haver choque séptico e perda de consciência, seguida de insuficiência de múltiplos órgãos. O tratamento com antibiótico é a única cura e deve ser administrado de emergência.
– Gastroenterite estafilocócica: devido à presença de enterotoxinas na comida ingerida, e não a uma infecção. Comum em presunto e outras carnes com sal, que não apresentam nenhum sinal ou gosto diferente. Caracteriza-se por aparecimento súbito (após 4h) de vómitos, diarreia aquosa, dores abdominais.
– Síndrome de pele escaldada estafilocócica: devido a S.aureus produtor da toxina esfoliativa. Caracteriza-se por aparecimento súbito de eritemas (zonas vermelhas dolorosas) que começam em redor da boca e se espalham para o resto do corpo. Formam-se bolhas de liquido claro, e pequenos toques chegam para remover a pele. As zonas esfoliadas (sem pele) podem dar oportunidade a outros invasores. Se não houver complicações desse tipo resolve-se em uma semana.
– Impetigo: é uma infecção da pele, que toma a forma de uma mácula (pequena mancha vermelha) e progride para pústula cheia de pus. Esta pode romper, e espalhar-se para outras regiões.
– Foliculite: é uma infecção com pus de um folículo piloso. Pode progredir para furúnculo com nódulo grande e vermelho e depois para carbúnculo e estender-se para o tecido cutâneo.
Em feridas pode causar infecções se houver material estranho onde esteja em reserva alimentando-se do sangue da hemorragia.
– Endocardite: infecção no coração após circulação pelo sangue (bacteremia). Mortalidade de 50%. Febre, dores no tórax.
– Osteomielite: infecção da matriz interna óssea.
– Pneumonia: pode ocorrer por aspiração de comida semi-digerida (vômito, por exemplo).
Amostra
A amostra consiste em colônias de estafilococos (obtidas em 24h de incubação a 37 oC em meios apropriados como Chapman, Manitol Salt Ágar, Baird Parker etc.).
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